
A força de trabalho no viveiro Ouro Verde, em Belo Oriente (MG), é majoritariamente feminina: dos 12 funcionários, oito são mulheres – e mais duas estão em fase de teste. Com idades de 20 a 50 anos, elas são, muitas vezes, responsáveis pelo sustento de suas famílias e realizam todo o trabalho feito diretamente com as mudas.
Dulcinéia Dutra Soares Pinto, de 30 anos, é uma das que viram a vida mudar com o trabalho no viveiro. Casada e mãe de um filho de 13 anos, trabalhou no Ouro Verde ainda na primeira fase, quando o empreendimento era focado em mudas de eucalipto. Com o declínio do negócio, deixou o emprego – mas voltou há dois anos, após o acordo de parceria entre o viveiro e a Fundação Renova. Além dela, sua mãe e uma irmã também trabalham no local.
“Minha vida melhorou muito. Desde que voltei para o Ouro Verde, reformei minha casa, paguei um lote, um carro e estou pagando uma moto.” Dulcinéia Dutra Soares Pinto, funcionária do Ouro Verde
A predominância da força de trabalho feminina é explicada por Marlúcia Bicalho, sócia do Ouro Verde, pela necessidade de atenção e extremo cuidado no manuseio das plantas. “A mulher é mais atenciosa em todas as atividades do viveiro”, diz Marlúcia. Exemplos: a semeadura requer atenção com a quantidade correta de sementes e a repicagem (retirada da muda da terra) demanda paciência – atividades que, para a empresária, são desenvolvidas com mais qualidade pelas mãos femininas.
A dona do Ouro Verde pretende aumentar o número de funcionários na medida em que novos negócios forem sendo fechados. “Sabemos da importância desses empregos para a região. Cada pessoa que trabalha aqui tem, em média, cinco familiares dentro de casa”, diz. “Ficamos felizes em ver que estamos ajudando famílias”, completa.